💌 Como medir o que importa, se o que importa não se mede?


Olá Reader

🚨Aviso Importante: Nem tudo o que precisa ser dito, cabe em poucas linhas. A news de hoje está mais longa, porque é um assunto que merece nosso tempo e atenção - nesse caso 6 minutos.

Então se você sente que precisa melhorar a forma de se relacionar com seu negócio, essa leitura pode abrir sua mente.

Quando os números não contam toda a história

É tão fácil se perder do que realmente importa. Principalmente no mundo online.

Ultimamente, tenho refletido bastante sobre métricas e sobre o que, de fato, pode ser medido em um negócio autoral.

Nos negócios tradicionais, as métricas fazem muito sentido: servem para mostrar crescimento, eficiência, retorno. Elas são a base da tomada de decisão e não há dúvida do quanto isso é importante.

Mas quando falamos de um negócio que nasce da espontaneidade, com autenticidade, propósito e muitas vezes até improviso… será que é possível medir o que realmente importa?

A régua que não encaixa

Minha formação é em administração de empresas. Trabalhei anos com vendas, testemunhando como trabalham as grandes empresas. Números, KPIs e OKRs sempre fizeram parte da minha vida profissional.

Então é lógico que quando montei meu negócio, apliquei esse conhecimento nele com a certeza de que isso era o correto a se fazer já que todos os cursos que fiz, uma frase sempre aparecia: “o que não se mede, não se vê”. Continuei levanso isso a sério.

Mesmo seguindo essa regra, algo sempre me parecia fora do lugar. Eu media, claro. Mas as decisões que eu tomava não eram influenciadas por essas métricas.

Não era o número de curtidas ou compartilhamentos que me fazia escrever sobre um assunto.

Então, se o que eu media não guiava minhas decisões… o que guiava, então?

O que não aparece no gráfico

Eu comecei a prestar atenção em outras coisas. Coisas que os números não mostravam, mas que faziam diferença.

Comecei a observar com mais atenção o prazer que eu sentia ao falar sobre certos assuntos. E a qualidade das conversas que surgiam depois que eu falava sobre esses assuntos.

Comecei a enxergar impactos mais sutis e quase invisíveis que o meu trabalho gerava nos bastidores: nas trocas com clientes, nas mensagens que recebia, na forma como as pessoas interagiam comigo na hora de conversar sobre o negócio delas.

Comecei a me perguntar: Como posso medir o que importa, se o que importa não se mede em números, planilhas ou gráficos?

Como conseguir enxergar, de forma clara e tangível o impacto de algo que nasce do desejo de servir, de compartilhar um pensamento, de provocar uma reflexão?

Sentei com essa pergunta por um bom tempo. E, aos poucos, fui entendendo que talvez ela não tenha uma resposta certa — mas sim várias respostas em construção.

Números como prova de valor

A gente vive num sistema que nos condiciona, de forma direta ou sutil, que só tem valor aquilo que pode ser medido. Então é claro que pra medir, é preciso transformar tudo em números.

Foi dessa perspectiva que surgiram as métricas das redes sociais. Curtidas, comentários, alcance, cliques, seguidores, taxas de abertura… são formas de quantificar o que antes era mais subjetivo: a atenção, o impacto, o interesse.

E todos nós embarcamos nessa lógica.

Eu realmente achava que precisava saber esses números para provar que o que eu fazia tinha valor. Eu precisava que esses dados validassem minha relevância. Então eu comecei a correr atrás deles.

Só que quanto mais eu corria atrás deles, mais sentia que o que eu realmente tinha vontade de falar, era irrelevante, sem valor. Comecei a ignorar a vontade de falar o que realmente importava pra mim.

Escolhia os assuntos pensando no que ia performar melhor nessa ou naquela plataforma.

Ao invés de perguntar “o que eu quero dizer aqui?”, eu pensava “o que pode funcionar melhor no algoritmo?”.

A régua já foi outra

Nem sempre foi assim. Em tempos não tão longínquos, o valor era medido por outros critérios.

Antes das redes sociais, por exemplo, a autoridade vinha da prática - de quem ensinava, escrevia, conduzia processos com profundidade. O reconhecimento era construído na conversa direta, na recomendação boca a boca, no impacto percebido por quem estava próximo. Era comum que o valor do trabalho fosse ligado ao tempo dedicado a ele, às relações que nasciam dele, à consistência ao longo dos anos - e não à quantidade de visualizações em um post.

O que mudou foi o que escolhemos priorizar e, com isso, quem decide o que tem ou não tem valor. Hoje, falamos em performance, otimização e escala. E tudo o que não se alinha a esse modelo parece estar fora do jogo.

Depois de anos presa nessa engrenagem e sentindo que ela não fazia sentido para o meu negócio, comecei a buscar outras formas de acompanhar o que realmente gerava impacto, para mim e para meus clientes.

Não abandonei as métricas, mas fui definindo outros critérios.

Comecei a medir coisas que antes eu nem chamava de dado: uma mensagem de alguém que foi tocada por um conteúdo, uma cliente que compartilhou uma transformação pessoal, uma ideia minha sendo citada num grupo, longe dos holofotes.

Essas respostas não aparecem nos relatórios. Mas são justamente elas que me lembram por que continuo fazendo o que faço.

Acompanhamento sem planilha

Foi nesse movimento que uma nova pergunta surgiu, talvez ainda mais importante do que “como medir o que importa”:

O que eu preciso observar para continuar viva no que faço?

O que me orienta quando os números não apontam um caminho alinhado comigo?

O que sustenta o meu fazer quando não há validação visível?

Com o tempo, fui criando minhas próprias formas de acompanhamento. Comecei a prestar atenção nas conversas que se repetiam, nos temas que voltavam sozinhos, nas frases que ficavam reverberando.

São métricas informais, mas continuam sendo métricas. Elas não me dizem se um conteúdo foi um sucesso de engajamento, mas me ajudam a lembrar que ele tem valor em esferas mais importantes - e isso, pra mim, é o que realmente importa.

O que vale, mesmo sem métrica

Como eu adiantei lá em cima, não estou aqui para te dar uma resposta porque eu realmente acho que não existem respostas certas aqui.

Mas para os negócios autorais eu percebo que é necessário sim aprender a valorizar o que não aparece nos gráficos.

É preciso assumir que nem tudo precisa ser otimizado, escalado, exponencialmente.

É preciso ter o discernimento pra entender que os números que vemos o tempo todo não são a verdade absoluta - são apenas uma parte dela. E talvez essa parte seja muito pouco relevante para o seu negócio.

O essencial do nosso trabalho, que é a escuta ativa e empática, a presença real, a coragem de colocar no mundo algo verdadeiro, não se mede em números. Mas precisa, ainda assim, existir.

Como você reconhece valor no que faz, quando isso não pode ser transformado em um número?

Se essa news trouxe um alívio ou colocou em palavras algo que você já vinha sentindo, quero que saiba que existe outro jeito de liderar seu negócio autoral. Um jeito mais seguro, mais estratégico, mais verdadeiro.

Estou criando um novo ciclo de mentoria para quem deseja parar de improvisar, organizar sua comunicação com consistência e transformar sua expertise em posicionamento claro, propostas bem definidas e visibilidade sustentável, sem depender das redes sociais e dos algoritmos.

Se esse é o tipo de negócio que você quer construir, fique por perto. Em breve, trarei as primeiras conversas sobre essa nova fase.


No Podcast

EP#04 | Como se sentir visto fora das redes sociais?

O assunto dessa news me faz lembrar muito o EP.04 do podcast onde eu falo sobre como se sentir visto e reconhecido sem depender dos algoritmos. Vem ouvir!

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