💌 O que vem depois do nosso cansaço das redes?


Olá Reader

Depois de tantos anos nas redes, já não é surpresa para ninguém o nosso cansaço.

Apesar de estarmos na internet, um lugar que foi criado e baseado em liberdades — de expressão, geográfica, criativa, de tempo, de construção — hoje estamos vivendo uma internet com pouquíssima liberdade, porque ela está concentrada nas mãos de poucas plataformas que controlam o tráfego, a atenção e a receita.

Nós, empreendedores e creators, alugamos esses espaços, sabendo que as regras podem mudar a qualquer momento e que não temos controle sobre nossa presença e audiência.

Chegamos aos picos de ansiedade por ter que estar sempre visíveis, por estar sempre criando para agradar ou manter a relevância.

Moldamos nossas vozes para manter a atenção de desconhecidos e ser escolhidos pelo algoritmo, e com isso comprometemos nossa integridade criativa, nossa essência.

Seguimos acumulando conexões, mesmo sabendo que só é possível manter vínculos de verdade com até 150 pessoas — esse dado é ciência.

Mas, ainda assim, ficamos nas redes. E hoje já entendo que é por falta de opção.

Nessa realidade tão condenada ao fracasso, tenho buscado, constantemente, alternativas.

Desde livros que expliquem por que chegamos onde chegamos, a ensaios que nos mostrem o que é que as pessoas estão fazendo. Porque é fato que chegamos no limite.

E nessas buscas, sempre chego a um denominador comum: o nosso desejo de recuperar a internet como um espaço de autonomia, criação e conexão real.

Uma luz no fim do túnel.

Eu me considero uma pessoa otimista. Consigo enxergar que estamos em uma situação ruim, mas, quando olho para ela, tenho esperança e confiança de que nós, seres humanos, temos muita capacidade de sair dela.

E é exatamente isso que tenho encontrado em minhas buscas por alternativas e tendências para o futuro da internet.

Movimentos como a Cozy Web e as chamadas Tiny Internets — pequenos refúgios digitais onde as pessoas estão reconstruindo a internet com mais presença, mais verdade e mais intenção. São sites, grupos de whatsapp, discords que são livres de algoritmos.

Eu quero fazer parte desse movimento e quero que você saiba que eles existem — e que você pode também fazer parte.

Esses espaços ainda estão começando, mas carregam um potencial imenso.

A internet do futuro será de espaços mais humanos, menos filtrados, mais imperfeitos. Será de espaços onde a troca é mais importante que o alcance, onde a criação não precisa de validação externa para existir.

E essa sempre foi minha proposta, com o slow marketing, com os negócios autorais e a liderança de pensamento. Eu vejo o quanto precisamos nos tornar construtores dessa nova internet, influenciando positivamente essa dimensão criando sites, experiências, conteúdos que mostrem quem somos — não para vender, mas para existir com sentido, com humanidade.

A boa internet é aquela que conecta, que inspira e que respeita nosso tempo.

E como a gente pode começar?

1. Criando o que a gente gostaria de ver!

Em vez de consumir sem parar ou apenas fugir das redes, que tal criar o que você gostaria de ver online?

Pode ser desde um site simples ou uma página com seus textos, até uma ideia divertida ou útil que só você teve. Pode ser algo que você criou só para você, e para alguém que possa chegar com curiosidade.

A pergunta que vai guiar esse processo é: “Tenho orgulho do que estou colocando no mundo?”

Criar com intenção é uma forma de recuperar a autonomia. E o que nasce do cuidado, e não da pressa, sempre dura mais.

2. Construindo pontes

A internet não precisa nos prender. Ela pode ser um caminho para experiências reais, no mundo offline, com conexões mais profundas e até silêncios necessários.

Crie pontes. Compartilhe links que te inspiram. Indique espaços onde a conversa acontece com mais presença. Convide pessoas para o fora do feed.

Seu conteúdo pode ser um desvio intencional: uma saída do automático.

3. Explorando com a curiosidade de uma criança

Você é a soma daquilo em que coloca atenção. Se tudo que você vê é previsível e parece mais do mesmo, talvez esteja na hora de se perder um pouco (no bom sentido, claro).

Vá atrás do que é estranho, diferente, feito à mão. Leia algo que você não entende logo de cara. Siga o rastro de uma ideia até onde ela te levar. Cuide de um jardim digital só seu e compartilhe sem a obrigação de viralizar. E pode ter certeza: alguém vai te encontrar no caminho.

São esses movimentos que têm me levado a enxergar o quanto somos muito mais potentes do que qualquer algoritmo ou IA. E é essa esperança na humanidade que me faz criar novos espaços, ter novas ideias e compartilhar com você tudo isso.

Estamos entrando em uma nova Era, não só das IAs, mas também da Internet Intencional — onde a presença importa mais do que a performance, e onde criar pode ser mais valioso do que alcançar.

Adoraria saber se você gosta de receber esse tipo de reflexão, porque estou pensando em escrever mais sobre isso. Se sim, me responde?

Empreenda Leve.

Ana Fragoso


PS1: Nesta quinta-feira, dia 05/06, acontece o workshop “O Jeito Slow de Nichar” — uma aula para quem quer sair da confusão de criar avatares e aprender uma forma mais clara e honesta de se posicionar. Se quiser participar, ainda tem vaga e será uma troca incrível!

PS2: A nova edição da Mentoria Slow Marketing 360 está com as inscrições abertas. Se você quer estruturar seu marketing com clareza, consistência e liberdade das redes sociais, essa mentoria foi feita para você. Me chame que eu te explico todos os detalhes.


No Podcast

Por que seu conteúdo não está funcionando (mesmo com tanto esforço)?

Neste episódio, abro espaço para falar sobre um tema que está afetando muitas empreendedoras solo: o cansaço de criar conteúdo sem ver resultado. Se você sente que está fazendo tudo certo — postando com frequência, se dedicando ao conteúdo — mas mesmo assim nada funciona, vem ouvir!

Quer que eu fale sobre um tema específico?

Envie sua sugestão aqui!


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