Olá Reader
Nove meses sem criar conteúdo para o Instagram e contando…
Hoje vou compartilhar um novo capítulo do que vem acontecendo por aqui depois da decisão de parar de usar o Instagram, diminuir minha presença nas redes e aumentar minha presença em outros lugares.
Eu sei que estar fora das redes gera muitas dúvidas e minha ideia é justamente responder as perguntas mais óbvias e diretas que as pessoas me fazem, ou gostariam de fazer.
Tentei colocar em cada resposta as vantagens e os desafios, com o objetivo de ser o mais transparente e honesta possível com você.
Então, se você está aí pensando se vale ou não a pena sair das redes, fique comigo!
1. Impacto nas vendas
A pergunta que não quer calar: Você ainda consegue vender? O dinheiro está entrando?
Sim, eu ainda consigo vender e o dinheiro está entrando.
O que aconteceu?
Eu acreditava que, um dia, meu perfil no Instagram se tornaria um ponto de vendas passivas, porque sempre via pessoas fazendo isso. Fiquei nessa ilusão por muitos anos.
Depois que saí, percebi que o Instagram nunca foi um ponto de vendas, porque entendo que vender é algo que acontece depois do marketing, e o Instagram sempre foi, para mim, um lugar de marketing: onde eu falava sobre o que faço e trazia as pessoas para conversar comigo.
As vendas continuaram acontecendo como antes, no bate-papo inicial com quem me procura.
Não senti impacto direto nas vendas, mas sim no passo anterior: como as pessoas chegam até mim para agendar esse bate-papo.
O que me leva ao próximo ponto.
2. Impacto na descoberta
A pergunta que não quer calar: Por onde as pessoas estão chegando até você?
Num primeiro momento, fiquei superinsegura por não ter mais um lugar onde pudesse ser facilmente encontrada. Na minha estratégia, o Instagram era meu principal ponto de descoberta porque era ali que as pessoas chegavam e marcavam um bate-papo comigo.
Mas eu também sabia que, se investisse o tempo que usava no Instagram na criação de conteúdos melhores e em lugares onde eles fossem melhor aproveitados, conseguiria construir novos canais de descoberta rapidamente.
O que eu fiz?
Primeiro, transformei meu Instagram em um perfil estático, para que as pessoas que chegassem, soubessem onde me encontrar fora dali. (Você pode pegar o Planner para montar o seu perfil estático clicando aqui.)
Depois, escolhi os lugares em que seria mais fácil ser encontrada, com base em quatro critérios:
- Quanta autonomia eu teria dentro daquele lugar
- Tempo de duração desses conteúdos na internet
- Minhas habilidades de criação de conteúdo: escrita e fala
- Minha realidade atual — ou seja, quantos recursos eu tinha para criar tudo isso
Dessa auditoria, decidi priorizar meu site com otimização para SEO, o podcast (que também aparece no Google) e o LinkedIn para fazer networking.
Comecei a dar mais atenção a esses novos lugares, com muito mais intenção e com o objetivo de construir um ecossistema mais robusto, onde as pessoas pudessem me encontrar e saber o próximo passo que precisavam dar.
O que aconteceu?
As pessoas começaram a me achar nesses lugares. Como eu sei isso? Porque, nos bate-papos, elas não diziam mais: “te vi no Insta.” Começaram a dizer: “ouvi seu podcast”, “te achei no Google quando estava procurando estratégias de marketing”, ou “uma amiga me indicou.”
Essas confirmações me motivaram a continuar focando nesses outros lugares e a manter o curso.
Quero ser transparente: não segui nenhuma fórmula ou processo específico. Minha única certeza era que eu tinha capacidade de produzir conteúdos melhores para esses outros espaços e que precisava sustentar essa estratégia ao longo do tempo.
Entre a saída do Instagram e os primeiros bate-papos em que as pessoas relatavam ter me visto em outros lugares, passaram uns dois meses.
3. Impacto no engajamento
A pergunta que não quer calar: Sua audiência continuou engajada?
Sim, mas de uma forma totalmente diferente.
O que eu fiz?
Logo que saí do Instagram, avisei as pessoas que estaria mais presente na minha newsletter e que, quem quisesse continuar acompanhando meu trabalho, precisava migrar para lá.
Essa foi uma das mudanças mais gostosas que fiz. Primeiro, porque quem veio realmente quer ler o que eu escrevo e saber sobre mim. E segundo, porque parei de ter a sensação de precisar escrever para gerar engajamento, e isso destravou minha habilidade e criatividade de escrita.
Também montei um grupo de clientes que já trabalharam comigo e comecei a conversar mais com eles no WhatsApp.
O que aconteceu?
As pessoas começaram a interagir de um jeito mais profundo comigo. Claro que, comparando com as redes, a quantidade de interações diminuiu muito. Mas, quando olho para a qualidade dessas trocas, vejo o quanto o Instagram era só um “hit de dopamina” que não gerava nada real para o meu negócio.
Os comentários curtos e cheios de emoji deram lugar a respostas com opiniões, visões e pedidos de ajuda específicos e cheios de contexto.
Apesar de o engajamento hoje ser menor, ele me deu uma nova sensação de presença, muito mais centrada no relacionamento real com as pessoas.
4. Impacto na autoridade
A pergunta que não quer calar: Você não perdeu autoridade?
Tive que reaprender a medir minha autoridade sem as curtidas e os comentários.
Quem me acompanha sabe que falo muito sobre métricas mais subjetivas e menos numéricas. E é até por essa razão que, neste e-mail, não falo muito de números porque eles podem nos levar a tomar decisões completamente fora da nossa realidade, e eu não quero ser alguém que te leve a isso.
Autoridade, para mim, é muito mais do que métricas numéricas. Entendi que ela pode ser construída com mais consistência e clareza de ponto de vista do que com muita frequência.
O que eu fiz?
Foquei em criar conteúdos mais estratégicos e menos baseados em tendências.
Apliquei a estratégia de liderança de pensamento (que ensino no Curso Elevando Ideias): falando como enxergo o marketing, por que enxergo dessa forma e por que é importante.
Tracei a narrativa do meu ponto de vista e comecei a falar sobre isso no blog, na newsletter, no podcast e no LinkedIn. Meu ponto de vista sobre o marketing se tornou meu principal ativo, e escolhi um tema quente para chamar a atenção das pessoas: o marketing fora das redes.
O que aconteceu?
Comecei a receber convites: para dar aulas em comunidades de empreendedores, para palestras e entrevistas em podcasts.
Enfim.
Tudo isso só foi possível porque eu reorganizei as bases do meu negócio para que eu pudesse fazer marketing fora das redes.
Se você quer estruturar sua presença de forma mais estável e coerente, agende um bate papo para me contar sobre seu momento e conhecer a Mentoria Slow Marketing 360.
Posso te ajudar a construir o seu plano fora das redes também.
Espero que essa atualização te traga clareza e coragem para repensar sua presença digital.
Conte comigo.
Ana Fragoso